Publicado por Redação em Notícias
Final da F1 terá despedidas, estreia e uma equipe saindo de seca histórica
Não vão faltar histórias para contar na última corrida de um movimentado ano de 2024 na Fórmula 1. McLaren e Ferrari lutam pelo campeonato de construtores e por encerrar uma seca da títulos histórica para ambos: o time britânico tem 21 pontos de vantagem e é o favorito para vencer este campeonato pela primeira vez desde 1998. E a Ferrari, que conseguiu diminuir a diferença no Qatar, busca o primeiro título desde 2008.
O time italiano tem ido muito bem neste ano em curvas lentas, mas tem sofrido com o aquecimento de pneus para uma volta lançada quando a temperatura do asfalto está mais fria. Como a classificação em Abu Dhabi termina perto das 19h locais, isso pode diminuir a vantagem que o carro vermelho teria por conta do tipo de circuito em Yas Marina.
De qualquer maneira, é uma diferença grande para ser tirada em um fim de semana. São 44 pontos ofertados no total então, na maioria das combinações de resultados, a McLaren é favorita.
Fim da linha para Perez?
O mexicano não gostou quando foi perguntado no Qatar sobre o que diz seu contrato com a Red Bull: ele teria renovado com a empresa ou com a equipe de F1? A pergunta pode parecer estranha, mas é sabido que a Red Bull costuma fazer esse tipo de contrato que não prende o piloto a nenhuma equipe específica, justamente para poder jogá-lo de um lado a outro quando bem entender.
E a continuidade de Perez na equipe Red Bull é insustentável após essa temporada, em que eles conquistaram o mundial de pilotos com Max Verstappen e não vão passar do terceiro lugar entre as equipes. Isso ajuda o time a ter mais tempo de desenvolvimento aerodinâmico, mas Perez ao mesmo tempo custou caro por conta de acidentes e pela falta de rendimento, já que uma colocação pior no campeonato de equipes também quer dizer que a Red Bull terá uma fatia cerca de US$ 20 milhões menor na divisão dos lucros da F1 ano que vem.
Liam Lawson é o favorito para assumir a vaga do mexicano ao lado de Verstappen, enquanto Isack Hadjar, rival de Gabriel Bortoleto na disputa pelo título da F2, demonstrou no Qatar ter confiança de que estará na RB em 2025. Quando foi perguntado sobre o assunto, apenas sorriu e disse que não podia dizer muita coisa.
Hamilton encabeça lista das despedidas
Foi uma temporada até melancólica para Lewis Hamilton e a Mercedes, encerrando o que foi a parceria mais vencedora da história de 75 temporadas da F1. A última corrida vai ter macacão parecido com aquele com o qual Hamilton estreou na Mercedes em 2013, vai ter carro com nomes de torcedores e uma série de homenagens, mas vai ser difícil de esconder que ambas as partes mal podem esperar para o quem vem por aí.
O clima é diferente na despedida de Carlos Sainz, que perdeu o lugar na Ferrari justamente para Hamilton. O espanhol quis provar neste ano que merece um assento nas equipes grandes, e fez isso. Mas foi vetado na Red Bull e terá de se despedir, pelo menos momentaneamente, das disputas por pódios e vitórias, já que estará na Williams ano que vem.
Na outra ponta do pelotão, duas equipes vão se desfazer totalmente de suas duplas: a Haas, que verá Nico Hulkenberg ir para a Sauber ano que vem, ser companheiro de Bortoleto, fará a despedida de Kevin Magnussen. Na Sauber, Valtteri Bottas e Zhou Guanyu correrão em Abu Dhabi sabendo que não têm vaga como titulares na F1 ano que vem. Ambos buscam se manter no esporte como reservas.
Destinos diferentes para pilotos jovens
Uma temporada que começou sem nenhum estreante terminará com uma estreia: Jack Doohan vai substituir Esteban Ocon, que saiu da Alpine por comum acordo a uma etapa do final do campeonato, no final de um casamento que nunca deu muito certo. Doohan está confirmado como companheiro de Pierre Gasly também ano que vem e fará sua primeira corrida em um bom tempo, tendo ocupado a vaga de reserva nesta temporada.
O outro estreante deste ano, Franco Colapinto, é quem pode estar fazendo sua última corrida em um bom tempo. Ele viveu meses pra lá de intensos, gerando o interesse da Red Bull e da Alpine, mas deve voltar ao seu planejamento inicial de quando assumiu a vaga de Logan Sargeant em setembro: mostrar serviço, ganhar experiência, para ser piloto reserva da Williams em 2025 e tentar uma vaga de titular em um futuro próximo.
Fonte: UOL
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